Diante dos problemas enfrentados em suas comunidades, moradores estão se unindo para transformar sua realidade local e, para isso, contam com o apoio das associações de moradores de seus respectivos bairros. Por meio desse trabalho em conjunto, as associações de bairros e seus moradores conseguem debater os problemas locais, realizar discussões e buscar soluções para as comunidades.

O problema é que nem todas as regiões do município conseguem se mobilizar para iniciar o trabalho comunitário. E uma das principais dificuldades é a falta de um espaço próprio. Atualmente, a cidade de Tupã possui pelo menos seis prédios próprios que pertencem as associações de moradores.
A sede da Abuv (Asso-ciação de Bairros Unidos Venceremos) está localizada na Rua Elói Garcia Primaz, no Conjunto Habitacional “Vereador Joaquim Ribeiro Porto”, onde o prédio foi recentemente reformado; a Abiapi (Associação de Moradores dos Bairros Indústria, Amambi e Paulista), na Rua Iacri, Vila das Indústrias, que recentemente também foi reformado; e Associação de Moradores do Jardim Marabá, na Avenida Professora Terezinha Modesto, no Jardim Marabá. 

No caso dessas três associações, os prédios são usados constantemente para diversos eventos, encontros, reuniões e festividades. Já a sede da Associação de Moradores Guariteu, na Rua Nelson Hermenegildo, Parque Tabajaras, está sem uso, pelo fato de o prédio não ter condições de receber atividades e precisar de reforma.
Outras associações de moradores esperam, porém, o acordo da prefeitura que prometeu reformar esses espaços para que as atividades sejam realizadas nesses locais. O prédio da Associação de Moradores do Conjunto Habitacional “Jammil Dualibi” continua depredado e sem uso. O acordo inicial com a prefeitura, na gestão do então saudoso prefeito Manoel Gaspar, era de o poder público utilizar o prédio com atendimentos de um posto de saúde e, em seguida, o entregar devidamente reformado aos moradores. Isso não aconteceu até hoje, apesar dos constantes pedidos de reforma.
A Associação de Moradores da Vila Marajoara, que até então utilizava o antigo prédio do clubinho da Coplap, na Rua Bororós, foi impedida pela Prefeitura de Tupã de usar o espaço, devido às atuais condições do local.

Já a Associação de Moradores Nova Esperança possui uma sede localizada na Rua Maria Grespan Magron, no Conjunto Habitacional “Antônio Pereira Gaspar”. O prédio, que por muitos anos atendeu os moradores na região, foi cedido à Prefeitura de Tupã na gestão do então prefeito Waldemir Lopes para funcionar como uma unidade de saúde. Após utilizar o espaço, a prefeitura também não realizou as melhorias no prédio e deixou essa despesa aos moradores. A associação busca recursos para reformar o espaço e dar continuidade aos seus projetos.
A Associação de Moradores do Morada do Sol ainda não possui uma sede própria. A diretoria, buscando um espaço para se reunir, fez um mutirão e reformou uma das salas da Associação Nova Esperança. As reuniões da associação de moradores acontecem no local uma vez por mês. 
O presidente da asso-ciação, Bruno Volpi, disse, porém, que a prefeitura precisa reformar completamente o prédio. “Estamos no escuro. O local precisa de uma reforma urgente no pátio e nos banheiros. Lá o mato continua alto e não tem quem limpe”, disse.
O presidente do Camtur (Conselho das Associações de Moradores de Tupã e Região), Anderson Machado Feitosa, disse que a Associação Nova Esperança ainda não utiliza o espaço porque a prefeitura ficou de fazer a reforma e não fez. “Vamos buscar apoio para fazer a reforma do prédio. Infelizmente, até o momento, não tivemos uma posição da parte do poder público”, disse.

A associação pretende montar uma sala no local para funcionar como uma nova sede do Camtur. “Vamos analisar esse projeto para saber se pode dar certo”, disse.
O Camtur entrou em contato com a Associação de Moradores do Morada do Sol em busca de uma unificação dos trabalhos com a Associação Nova Esperança com o objetivo de ampliar a luta comunitária nesses bairros.