Bola que murcha, balão que não sobe

Política


(*) Jesus Guimarães

23/04/2024 -Nada mais contraditório que alguém ou um grupo de pessoas convocar o povo para uma manifestação em lugar público, armar palanque, caprichar na qualidade de som, disponibilizar transporte, hospedagem, lanches e o escambau, e depois, na hora da falação, passar o tempo todo dizendo que vive em uma ditadura, pois não tem liberdade de expressão. Na verdade, o caso não é de contradição, mas de mau-caratismo mesmo.
Esse capitão de fancaria que comandou o ajuntamento do último domingo na praia de Copacabana, apesar de ter sido botado para correr do Exército onde mal servia o País, sempre foi um defensor intransigente da ditadura militar havida no Brasil e achava que se fez pouco, deviam ter matado pelo menos uns 30 mil brasileiros a mais. 
Experimentasse algum político naqueles “tempos de liberdade militar” convocar atos dessa natureza para desancar autoridades da República, como faz o mercador da fé, Silas Malafaia. Se conseguissem armar o circo, ao abrir a boca sairiam dali debaixo de cassetetes, direto para algum porão de onde não se costumava sair com vida. 
Esse capitão de meia tigela insiste, repito, em clamar por liberdade justamente quando a exerce a plenos pulmões em praça pública e os paspalhos dos seus seguidores são incapazes de perceber tamanha contradição. 
Consola os brasileiros de bom senso o fato dessa farra estar em queda livre. Cada dia menos pessoas comparecem a tais farsas mal escritas e mal interpretadas. Um teatro de quinta, sem roteiro nem argumento sequer que sustente o discurso, cujo destino inevitável será encolher até desaparecer, se isso não acontecer já a partir de agora, como bem demonstra o fracasso do último evento.
Não se sabe se o inelegível irá ou não tentar o asilo em uma embaixada qualquer, plano do qual por certo não desistiu.. Melhor que ser preso é ficar escondido em uma embaixada com telefone, internet e mensageiros à sua disposição para seguir com suas articulações políticas. 
A Justiça conhece seus limites e sabe quando agir. Que não tarde, sob pena de termos esse bufão rosnando atrás das grades, mas dos portões de alguma embaixada no Distrito Federal. 

(*) Jesus Guimarães é professor, bacharel em Direito, funcionário aposentado do BB e 
ex-prefeito de Tupã. E-mail: zuguim@uol.com.br

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