Sabesp: Sintaema tenta barrar projeto de privatização da estatal

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02/05/2024 - Com a votação do projeto de privatização da Sabesp, que pode acontecer ainda hoje, quinta-feira, dia 2, na Câmara Municipal de São Paulo, o presidente do Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo), José Faggian, disse que esta semana é decisiva para a defesa da estatal. "A unidade em torno da defesa da Sabesp ganhou força e o apoio vem de todas as regiões do Estado e da capital de São Paulo. Estamos conversando com a população, apontando quem são os vereadores e vereadoras privatistas e que apoiam o projeto privatista de Tarcísio de Freitas e Ricardo Nunes. Essa pressão nas bases desses vereadores que querem se reeleger é fundamental para barrar esse retrocesso", ressaltou a direção do Sintaema, ao explicar que hoje, quinta-feira, dia 2, poderá ser votada a lei que autoriza o município de São Paulo a aderir à privatização da Sabesp. "O povo de São Paulo é contra a privatização", ratificou. 
O sindicato ainda destacou que a marcha realizada na última segunda-feira, dia 29, que reuniu cerca de 5 mil pessoas na capital paulista, também teve como objetivo "esclarecer as falácias da dupla privatista Tarcísio/Nunes, que mente para a população" sobre quem vai pagar a conta da privatização. "Os governos estadual e municipal jogam com a falta de conhecimento que a população geral tem sobre o que significa um processo de privatização. Estamos firmes na luta para alertar que nem a tarifa vai baixar, nem o serviço vai melhorar com a privatização da Sabesp", destacou o Sintaema.
A direção do Sintaema disse que seguirá em luta contra a privatização da Sabesp e vai atuar em todas as frentes para barrar a proposta. 
O sindicato disse que fará uma nova manifestação hoje, em frente à Câmara Municipal de São Paulo. 
Vale lembrar que o projeto de privatização no município de São Paulo foi aprovado na Câmara Municipal em primeiro turno no dia 17 de abril, com 36 votos favoráveis e 18 contrários em um total de 54 votantes. O projeto precisa, agora, ser aprovado em uma segunda sessão por maioria simples dos vereadores. Cabe destacar que a adesão da capital paulista, que corresponde por cerca de 45% da arrecadação da empresa, é a última etapa, antes do leilão da Sabesp. 

Privatização
Outro processo necessário para a privatização é a negociação com os 375 municípios atendidos pela Sabesp, como é o caso de Tupã. Em caso de privatização, os contratos entre as cidades e a empresa são suspensos, mas existe um acordo para que as URAEs (Unidades Regionais de Água e Esgoto) costurem entendimentos para a renovação de contrato em bloco. Com isso, não será necessário negociação individual com cada cidade. 
O governo estadual mantém contato com esses municípios para a renovação do contrato de concessão até 2060. Cabe destacar que todas essas definições devem acontecer antes do início da oferta pública das ações na Bolsa de Valores, até o final do primeiro semestre deste ano. A previsão é de que o processo seja concluído até julho de 2024.

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