06/05/2024 - Até pouco tempo era muito comum ver pastagens degradadas por várias propriedades rurais de Tupã. Pastagem degradada é aquela que sofre o pisoteio do gado por muitos e muitos anos, de tal modo  que o solo fica tão compactado que não permite a rebrota do capim nem em período de chuva e por isso não tem como oferecer o verde em quantidade necessária para a alimentação do gado.
Felizmente surgiu a cultura do amendoim e com ele a alternativa de se fazer periodicamente, de preferência de 5 em 5 anos, a rotação entre o amendoim e o capim. Hoje, em razão da desvalorização do gado de corte e do bom preço alcançado com o arrendamento de áreas para o plantio de amendoim, já tem pecuarista abandonando a atividade de criação e engorda de animais para destinar sua propriedade exclusivamente para a intercalação entre o amendoim e a mandioca.
Mas também tem pecuaristas mostrando que as duas atividades podem conviver juntas. No caso, é feito o arrendamento de parte da área da propriedade para o plantio do amendoim em dois anos seguidos.  Feita a colheita do amendoim em março e abril, imediatamente é feito o plantio de uma planta forrageira, no caso o capim ruziziensis ou o milheto, que não precisam de muita umidade e com duas ou três chuvas, em 60 dias podem ser destinados para a alimentação do gado no período mais crítico da entressafra,  nos meses de junho, julho e agosto. No final de setembro ou começo de outubro, a área é novamente tombada e preparada para o segundo ano de plantio do amendoim, e assim, de piquete em piquete, as pastagens degradadas da propriedade vão sendo gradativamente recuperadas. Essa tem sido uma boa alternativa para a manutenção da pecuária de corte com a cultura do amendoim na região de Tupã.