Delegacias de Defesa da Mulher de Rio Preto, Araçatuba, Presidente Prudente e Bauru funcionam 24h

Policial


11/03/2025 - As Delegacias de Defesa da Mulher (DDM) de São José do Rio Preto, Araçatuba, Bauru e Presidente Prudente começaram a funcionar 24 horas por dia a partir de sábado (8). A data foi escolhida em alusão ao Dia Internacional da Mulher.
O objetivo da medida é permitir que as mulheres busquem ajuda e denunciem os agressores em qualquer horário do dia e da noite. Além disso, em Rio Preto foi implantada a Cabine Lilás, um serviço de atendimento especializado às vitimas de violência doméstica e familiar.
Em entrevista, a delegada e coordenadora do Núcleo de Polícia Judiciária da DDM de Rio Preto, Dálice Aparecida Ceron, falou sobre a importância desse tipo de atendimento.
“É um trabalho que funciona de forma rotativa. Vai beneficiar muitas mulheres por conta de mais disponibilidade e mais facilidade”, explica.
Implementado na capital há um ano, o programa Cabine Lilás vai funcionar pela primeira vez em uma cidade do interior de São Paulo. O serviço é realizado exclusivamente por policiais femininas e faz um acolhimento especializado às vítimas.
No total, 90 municípios da região de Rio Preto vão ter acesso ao programa inicialmente por meio do telefone 190. As policiais fazem o atendimento e a triagem das ligações recebidas pelo Centro de Operações da Polícia Militar (Copom). Em seguida, as vítimas são direcionadas para o atendimento exclusivo do programa.

Violência contra 
a mulher
O novo serviço passa a funcionar nas principais cidades das regiões Noroeste e Centro-Oeste paulista devido à alta incidência de casos de violência doméstica.
Um levantamento divulgado pela DDM de Rio Preto apontou que foram emitidos 1.668 pedidos de medida protetiva ao longo de 2024. Neste ano, nos dois primeiros meses, foram 325 emissões desse tipo de benefício na cidade.
Essa é uma das formas de trazer mais segurança às vítimas e evitar que os agressores continuem praticando os atos. Porém, mesmo com as medidas restritivas, muitos homens desrespeitam a regra, avançam a distância de 200 metros e praticam crimes que geram graves consequências.
A delegada explica que existem semelhanças entre o comportamento dos autores de crimes como violência doméstica e feminicídio.

“É um espírito de propriedade, aquelas cobranças, a submissão, e isso em todos os casos, as ofensas, a violência que é crescente, infelizmente essa é uma realidade”, explica Dálice.
Segundo Ceron, mesmo sofrendo agressões e abusos, a maioria das vítimas não imagina que o suspeito é capaz de matar, situação que é muito comum de ocorrer.
“Tem muitas situações que não têm ameaça. Há, em comum, uma inconformação com a perda, em que o indivíduo diz que ou a vítima fica com ele ou não fica com mais ninguém”, revela.

Sua notícia

Esta área é destinada para o leitor enviar as suas notícias e para que possamos inserí-las em nosso portal. Afim, da população ter informações precisas e atualizadas sobre os mais variados assunto

Envie a sua notícia por e-mail:

Todas as notícias

publicidade