Operação Anemia: Polícia Federal cumpre mandado em Tupã

Policial


7/6/2024 - A Polícia Federal esteve em Tupã na manhã de ontem, quinta-feira, dia 6, para desenvolver ações da Operação Anemia, o que causou muita movimentação e especulações nas redes so-ciais. O objetivo era desarticular organização criminosa responsável por importação ilegal de grandes quantidades de mercadorias de origem estrangeira, sem obediência aos devidos procedimentos legais, a qual estaria atuando juntamente com uma rede de colaboradores de agentes públicos ativos e inativos. Um conhecido “importador” na cidade foi alvo das buscas.
O grupo, formado em 2014, que tinha integrantes de Pompéia e Tupã, era especializado na importação de celulares, notbooks e outros produtos eletrônicos.
A operação realizada junto com a Receita Federal teve a participação de aproximadamente 220 policiais federais e 34 auditores-fiscais e analistas-tributários que cumpriram, ao todo, 53 mandados de busca e apreensão e 7 de prisão preventiva em cidades dos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás, incluindo Curitiba, Londrina, Joinville e a capital fluminense.
Em nota, a Receita Federal explicou que o grupo seria responsável pela internalização de produtos de forma ilícita a partir do Paraguai para, posteriormente, atender clientes dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás e Distrito Federal, em cidades onde estão localizados grandes comércios populares e lojas de produtos eletrônicos descaminhados.
“Ao longo das investigações, também foram encontrados indícios de lavagem de dinheiro e identificadas contas bancárias relacionadas aos investigados, as quais acolheram valores originados de pessoas que possuíam antecedentes criminais relacionados à prática de crimes de contrabando, descaminho e lavagem de dinheiro”, disse.
Com o desenvolvimento de suas atividades, o grupo passou a adquirir produtos diretamente de fornecedores nos Estados Unidos da América, China e Hong Kong, de modo que as cidades paraguaias da região da fronteira passaram a servir apenas como entreposto físico das mercadorias, recebidas por meio de serviços de courier internacional. 
Para operacionalizar os pagamentos aos fornecedores localizados nesses países, a organização criminosa teria estruturado uma complexa rede de empresas nacionais e no exterior (offshore) que, mediante utilização de criptomoedas, efetivavam a evasão de divisas e a lavagem do dinheiro.
Apenas em uma das empresas, constituída em nome de uma funcionária, foram movimentados, aproximadamente, R$ 700 milhões sem o correspondente faturamento declarado.
A organização criminosa utilizou, ainda, empresas de fachada, sem capacidade operacional aparente e com fluxos contábeis simulados, as quais registraram receitas fictícias, sem amparo em documentos de vendas ou de serviços, para dar lastro à distribuição de lucros aos sócios e dissimular a origem ilícita dos recursos.
Os indícios ora identificados ensejaram a decisão judicial pelo cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados visando a comprovação e coleta de novos elementos comprobatórios dos crimes representados.
As ordens judiciais expedidas pela 9ª Vara Federal de Curitiba preveem o sequestro, bloqueio e apreensão de bens imóveis, veículos, dinheiro em espécie, obras de arte, jóias, criptoativos e outros itens de luxo ou de alto valor encontrados.
Nenhum nome das empresas ou dos envolvidos foi divulgado. Segundo consta, em Tupã dois endereços receberam a visita dos federais.

Sua notícia

Esta área é destinada para o leitor enviar as suas notícias e para que possamos inserí-las em nosso portal. Afim, da população ter informações precisas e atualizadas sobre os mais variados assunto

Envie a sua notícia por e-mail:

Todas as notícias

publicidade