O sonho é meu, ninguém rouba nem tira

16/04/2025 - Quando comuniquei minha ideia da criação de uma faculdade de medicina federal em Tupã, todos riram e zombaram, alegando que meu sonho era impossível.
Encontrei apoio em amigos leais e fiéis, entusiasmando e cooperando na preparação e levantamento de todos os aspectos necessários para a criação da mesma, pois, faculdade oficial é diferente da criação de faculdades particulares. Faculdades particulares não têm necessariamente os atributos suficientes e sim dinheiro para que sejam criadas.
Enviei o projeto para o Conselho Federal de Educação e numa audiência tumultuada e competitiva, contando com a ajuda de um cidadão tupãense que atuava como conselheiro do MEC, defendeu com brilhantismo na disputa com Alfenas (MG), mostrando e alegando que por todos os motivos inseridos no meu projeto, Tupã teria condições necessárias e suficientes para a criação da referida faculdade.
Em acordo, os conselheiros do MEC concluíram que as duas cidades tivessem seus projetos aprovados.
A alegria durou pouco. O sonho foi barrado por uma portaria do presidente da República da época, suspendendo a criação de faculdades federais de medicina por cinco anos. Mas nada impediu que ficasse registrado no MEC todas as possibilidades dadas à situação geográfica de Tupã e os argumentos listados no projeto.
Tentei por todas as vias uma solução jurídica, sem nada conseguir.
Não consegui apoio nenhum, a não ser de meus fiéis amigos, sempre confiando e tendo esperança no projeto.
Alfenas (MG), contando com apoio político de prestígio na esfera federal, conseguiu e sua faculdade já está em atividade por dois anos, o que não ocorreu em Tupã, órfã de políticos. O projeto não encontrou apoio e respaldo nem em políticos e nem na maioria da população, pois não envolvendo dinheiro, afugenta os que não se interessam com o progresso da cidade.
Findou o prazo da portaria, protocolei o projeto atualizado e aperfeiçoado, das cinco fases de estudo do MEC, e em apenas dez dias, quatro foram aprovados sem restrições, com elogios sobre o tal projeto e o quinto é o dedo de um político, que quando souberam da possibilidade da criação da faculdade, se agitaram, mas não em apoio à faculdade federal, e sim para atividade de particular, aproveitando todo meu trabalho antes ignorado. Não quero entrar em mais detalhes esclarecedores, mas tristemente ouço, percebo vários políticos querendo os “louros” da possível criação, mas não a oficial, e sim a particular.
Não consigo audiência, podem acreditar, nem com vereadores, nem com prefeito, ignorando a grandiosidade deste projeto raro, como bem dito pelo MEC”. É a primeira vez que um cidadão comum solicita a criação de uma faculdade oficial”, provando assim que o objetivo é simplesmente o crescimento de minha querida cidade.
Não desisto, estou na luta, e como disse nosso querido ex-prefeito: “O projeto é plausível, mas solicitação para órgãos públicos, sem indicações oficiais, é um projeto solitário”.
Espero que as autoridades e políticos se interessem por este projeto que torna a cidade de Tupã conhecida no Brasil todo com a sonhada FAFEME (Faculdade Federal de Medicina).
Reginaldo Rubens Ribeiro