24/03/2025 - O incêndio de grandes proporções que atingiu um galpão da Amendupã que armazena amendoim às margens da Rodovia "Comandante João Ribeiro de Barros" (SP-294), em Tupã, já dura mais de 55 horas e ainda não tem previsão de término. Segundo Aristóteles Mozena dos Santos, subtenente do 10º Grupamento do Corpo de Bombeiros de Marília, o fogo consome o amendoim, que contém óleo. Isso faz com que o uso de água tenha pouco efeito no combate.
As chamas começaram na noite de sexta-feira (21) e até a manhã de ontem as equipes ainda trabalhavam para controlar os focos no local. Quatro carretas que estavam no galpão foram queimadas, duas que estavam descarregando e outras duas já carregadas com o amendoim selecionado para a fábrica. Além disso, havia 28 silos cheios aguardando secagem. Não há registro de feridos.
Aristóteles Mozena dos Santos afirmou que o combate às chamas deve seguir por mais alguns dias. A Defesa Civil informou na manhã de ontem que o Corpo de Bombeiros seguia na prevenção e que o incêndio estava em fase final.
Esse incêndio deve durar até o início da semana. Isso ocorre porque o amendoim gera óleo e é muito difícil combater o fogo.
As chamas que atingiram a área externa do galpão foram controladas ainda no sábado, porém o maquinário disponível para a corporação não é capaz de combater o incêndio dentro do ambiente.
Dessa forma, há também a necessidade de retirar o material que ainda está em chamas de dentro do galpão para, depois, ser apagado.
"Não podemos usar maquinário lá dentro, então precisamos retirar o material de dentro para fora para apagar o fogo", explicou o subtenente.
Já foram utilizados mais de 250 mil litros de água no combate. A água chega constantemente por meio de caminhões do Corpo de Bombeiros, com capacidade para 4 mil litros, e de caminhões-pipa de usinas vizinhas, que conseguem armazenar até 20 mil litros cada.

Início do incêndio
O incêndio teve início por volta das 21h de sexta-feira. No local funciona uma beneficiadora de amendoim da Amendupã, onde são realizados os processos de classificação e secagem do produto que chega das lavouras para, posteriormente, ser enviado à indústria.
Quatro carretas que estavam no galpão foram queimadas, duas que estavam descarregando e outras duas já carregadas com o amendoim selecionado para a fábrica. Além disso, havia 28 silos cheios aguardando secagem.
O Corpo de Bombeiros esclareceu que apenas a perícia poderá identificar as causas do incêndio. Uma das suspeitas é que o fogo tenha sido provocado por uma fagulha originada nos fornos utilizados para a secagem do amendoim no galpão.