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(*) Roberto Kawasaki
07/03/2025 - Tempos atrás, neste mesmo espaço cedido pelo editor, escrevi que Tupã vivia momentos angustiantes na sua economia municipal e regional, pois houve os encerramentos de várias atividades: Coplap, Granol, IPT, Clínica Dom Bosco e Esefap.
Sem a menor sombra de dúvidas, pairavam nos semblantes de todos nós tupãenses, cenários econômicos muito negativos, haja vista que esses encerramentos de atividades representavam menos emprego, renda, produção, tributos arrecadados, etc. Ou seja, a economia de Tupã perdia substância de toda ordem, trazendo um significado claro: empobrecimento.
Entretanto, demonstrando pujança, algumas empresas, dentre tantas que surgiram, outras que aqui aportaram, reverteram esse quadro negativo: atraídos pela força do agronegócio do amendoim, algumas cooperativas chegaram, como a Coopermota, Casul, Camda e Coplana. Obviamente que estas cooperativas não vieram porque apenas e tão somente quiseram vir. Fizeram estudos de projetos de viabilidade econômica. Para não falar de tantos projetos de prédios comerciais e residenciais e novos loteamentos urbanos.
Tivemos também a vinda do Amigão Supermercados. Antes, tivemos a vinda da Unesp, do Instituto Federal e Tupã conquistou o título de Estância Turística. A conjuntura demonstrava que Tupã estava recompondo suas forças produtivas.
E agora, estamos assistindo, com reversão total do quadro econômico local e regional, a vinda de mais empresas, com novos investimentos significativos: Centro Regional de Distribuição do Supermercado Kawakami, o novo Supermercado Gaspar na Rua Brasil, a Coopermota investindo pesado em nova unidade mista com silos e fábrica de blancheamento e beneficiamento de amendoim, unidade do McDonald’s e o curso de medicina.
Quero aqui lembrar que em décadas passadas, quando Tupã concorria com o município de Marília, um dos fatores que provocaram o distanciamento do poder econômico de Marília em relação a Tupã, foi a criação da Faculdade de Medicina de Marília.
Certamente que houve outros fatores também. Contudo, o crescimento que a Faculdade de Medicina proporcionou ao município de Marília foi substancial.
Outrossim, quero relembrar que a fundação de Tupã e seu rápido crescimento fora resultado dos avanços do café, do algodão e do amendoim. Mas, estas culturas se foram e no caso do amendoim, a aflatoxina foi devastadora. Felizmente este mal foi defenestrado. A cultura do amendoim voltou com tudo. Hoje é o carro chefe da economia de Tupã.
Para continuar com novos ares que nossa economia de Tupã respira, é crucial que as forças políticas se unam para que mais e mais investimentos públicos estaduais e federais possam vir, auxiliando na realização de mais investimentos privados, para fincar de vez o progresso e o desenvolvimento.
(*) Roberto Kawasaki é economista
pela FEA-USP, professor da Faccat, colunista
da TV Câmara de Tupã, colunista da Rádio Cidade, Tupacity e do DIÁRIO
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