O segmento da construção civil ocupa a 6ª posição no ranking de acidentes de trabalho típicos, no Brasil. Entre as causas dessas ocorrências está a eletricidade. Quando se trata de fatalidades, 17,1% das mortes são decorrentes de choques elétricos e as vítimas são trabalhadores da construção e manutenção. Com o objetivo de evitar esse tipo de acidentes, a Energisa atua com o programa “Guardião da Segurança”.  
Os dados citados são do estudo da Comissão de Política de Relações Trabalhistas da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CPRT/CBIC), em parceria com o Sesi Nacional, e do Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica 2024.

O programa “Guardião da Segurança” conta com o apoio de colaboradores de diferentes áreas e suas ações visam identificar as situações perigosas na atividade laboral, além de orientar preventivamente trabalhadores da construção civil, de outros setores e população em geral. Os riscos mais comuns constatados ao longo do ano passado foram obras realizadas muito próximas da rede elétrica e até debaixo dela.
Conforme o coordenador de Saúde e Segurança da Energisa Sul-Sudeste, Rodrigo Pontes Garcia, situações como, por exemplo, o improviso na montagem de andaimes e posicionamento de escadas perto da rede elétrica, obrigam os profissionais a manusearem ferramentas, rolos, telhas e vergalhões próximo à fiação. O mesmo acontece no caso das podas de árvores e instalação de antenas e outdoors, quando o trabalhador não considera o distanciamento correto da rede.
“Nem todo acidente é causado pelo toque direto do objeto na rede. Há ocorrências em que a simples proximidade de um equipamento com a fiação de energia pode causar uma descarga por indução elétrica, provocando queimaduras, fraturas, lesões ou até a morte”, reforça Rodrigo.

Por isso, o coordenador ressalta que é preciso seguir rigorosamente as normas de segurança. “Nosso principal valor é a vida e sempre salientamos a importância e necessidade do cuidado e uma criteriosa avaliação de riscos nas atividades na construção civil, incluindo os riscos de aproximação da nossa rede elétrica. Outros fatores que destacamos são: a devida capacitação/treinamentos, além do uso de equipamentos de proteção individual [EPIs], proteção coletiva [EPCs], e materiais de qualidade”, explica.

Vale lembrar que além das consequências físicas, ocorrências envolvendo a rede elétrica podem ocasionar a interrupção no fornecimento de energia para milhares de pessoas, inclusive para serviços essenciais e até incêndios.
Por esses motivos, a Energisa pede à comunidade que siga as orientações de segurança, fiscalize e contate a empresa previamente quando for necessário executar algum serviço perto da rede elétrica para que sejam realizados os devidos procedimentos.