Simone Tebet diz que ‘chegou a hora’ de levar a sério a revisão de gastos públicos no País

Economia


16/10/2024 - A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou ontem que “chegou a hora” de levar a sério a revisão de gastos públicos no País.
Em declaração após uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Tebet afirmou também que não é mais possível resolver o desequilíbrio das contas públicas somente com o aumento de receitas.
“Chegou a hora de levar a sério a revisão de gastos. Não é possível mais apenas pelo lado da receita resolver o fiscal. Arcabouço está de pé. Sem perspectiva de alteração”, afirmou a ministra. 
De acordo com a emedebista, o governo continua com a revisão de programas sociais a fim de identificar possíveis fraudes em benefícios, mas que o momento é de uma “revisão estrutural” de gastos.
“Temos alguns debates interditados, como salário mínimo, aposentadoria acompanhando a valorização do salário mínimo”, declarou.
“Eu e Haddad autorizamos a equipe a colocar propostas no papel. Segundo momento é fazer essas medidas chegarem na mesa do presidente Lula. Estamos otimistas de que esse pacote terá condições de avançar na mesa do presidente. A ideia é logo após o segundo turno conversar com o presidente Lula”, completou a ministra.
A ministra não deu detalhes sobre quais gastos serão revisados pela equipe econômica, mas citou os supersalários do funcionalismo, que classificou como algo “imoral”.

Metas serão 
cumpridas, diz Tebet

Questionada sobre as metas fiscais estipuladas pela equipe econômica para este e para os próximos anos, a emedebista afirmou que os objetivos traçados serão cumpridos.
“Vamos cumprir a meta de 2024, a meta de 2025 e a de 2026. Estamos falando de qualidade do gasto público. No ano passado, olhamos pelo lado de fraudes. Primeira etapa foi feita e continua. A segunda etapa, que é esta, são de medidas estruturantes, aquelas que a política permite”, declarou.
A ministra afirmou ainda que o processo de revisão de gastos será realizado sem que direitos sejam retirados. E que ações são necessárias porque o governo não está conseguindo fechar as contas.
Tebet disse que cerca de 30 medidas estão sendo estudadas e que o governo pode aproveitar propostas de emenda à Constituição (PECs) em tramitação no Congresso para fazê-las avançarem.

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