Copom aumenta Selic pela primeira vez no governo Lula e taxa vai a 10,75%

Economia


19/9/2024 - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou ontem (18) a taxa Selic em 0,25 ponto percentual. A Selic - a taxa básica de juros da economia - subiu para 10,75%. É o primeiro aumento de juros desde agosto de 2022 e o primeiro deste mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O Copom justificou que vem percebendo, no cenário interno, risco para alta da inflação.
“Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho tem apresentado dinamismo maior do que o esperado, o que levou a uma reavaliação do hiato para o campo positivo. A inflação medida pelo IPCA cheio assim como medidas de inflação subjacente se situaram acima da meta para a inflação nas divulgações mais recentes”, afirmou o Copom em comunicado.
O Copom também disse que o aumento da Selic ontem inicia um “ciclo”.
“O ritmo de ajustes futuros na taxa de juros e a magnitude total do ciclo ora iniciado serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerão da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, completou.
A expectativa do mercado é de que a taxa continue subindo até atingir 11,50% ao ano em janeiro - com um crescimento de 1 ponto percentual ao todo.
Os analistas também estimam que, a partir de julho do ano que vem, a taxa começará a recuar, terminando 2025 em 10,50% ao ano.

Encarecendo 
o consumo

A nova alta da taxa básica de juros (Selic), determinada ontem pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC), deve trazer novos impactos para o mercado de crédito e para a economia.
Segundo especialistas consultados, a leitura é que o aumento de 0,25 ponto percentual (p.p.) da Selic pode tanto encarecer o custo de empréstimos para os consumidores, como diversos reflexos na economia ao longo dos próximos meses.
O aumento da taxa básica já era amplamente esperado pelo mercado — e a expectativa é que novas altas da Selic ainda devem vir à frente.
Além dos bons resultados de crescimento econômico que o País vem colhendo nos últimos meses, a falta de soluções para as contas públicas e a dificuldade em atrair investimentos para o País também ajudavam a impulsionar as expectativas de inflação para cima, e pressionaram o BC a tomar alguma atitude em relação aos juros.

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