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11/09/2024 - O arrendatário de terra, que paga por ano, tem pressa de ver sua área plantada. E às vezes arrisca ao fazer o plantio depois de uma pequena chuva, acreditando que logo virá outra precipitação pluviométrica para garantir a umidade necessária. Mas nem sempre isso acontece. E aí o prejuízo é certo.
Foi exatamente isso o que aconteceu este ano. Depois de amargar um grande prejuízo no amendoim, o arrendatário de terra na primeira chuva decidiu investir no plantio da mandioca, hoje a principal cultura de rotação com o amendoim. Mas quem decidiu assim, só fez aumentar o prejuízo. Por falta da umidade necessária, a mandioca não nasceu bem e agora sofre com a estiagem prolongada. Esse produtor agrícola sabe que, lá na frente, vai ter uma baixíssima produtividade.
Se tem agricultor preocupado com a mandioca que não Anasceu bem, tem também aquele que está na fase do arranquio para liberar a área para o plantio da próxima safra do amendoim, que deve começar em outubro, com o início do período chuvoso.
Para esses que estão na fase da colheita da mandioca, a estiagem também é preocupante porque a terra está seca, dura, e na hora do arranquio parte das raízes ficam no chão, resultando em perdas no volume de tonelagem.
Mas nem tudo é só chororo. No caso da mandioca, houve uma pequena valorização no preço de venda. Se até 60 dias atrás a colheita da mandioca não estava deixando qualquer margem de lucro para o produtor, hoje o preço já está melhor.
Entre 2 e 6 de setembro, o valor médio nominal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 557,70/t, aumento de 3,9% em relação ao da semana anterior. Pesquisadores do Cepea destacam que, desde que registrou a mínima do ano, em 10 de maio, até a última semana, o preço médio subiu expressivos 37,3%, embora ainda seja 10,4% inferior ao de igual período do ano passado, em termos nominais
Média de agosto é a maior do ano
Levantamento do Cepea mostra que, em agosto, a média nominal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 515,16, superando em 7,6% a do mês anterior e sendo a maior desde janeiro deste ano. Segundo pesquisadores do Cepea, o movimento de alta, observado há três meses consecutivos, continua atrelado à combinação de oferta limitada com demanda aquecida. As chuvas ocorridas no final de agosto não foram bem distribuídas, o suficiente para permitir a retomada dos trabalhos de campo na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Além disso, produtores seguiram retraídos por conta da baixa rentabilidade das raízes de 1º ciclo ou mesmo, das expectativas altistas para os próximos períodos. Ao mesmo tempo, a demanda das fecularias por raízes continuou fortalecida, resultando em maior disputa pela matéria-prima, ainda conforme pesquisadores do Cepea.
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