14/05/2024 - Apesar do pequeno aumento no preço do quilo do papelão, registrado no mês de maio, a coleta do produto ainda não é atrativa para os catadores de Tupã que, atualmente, dão preferência para outros materiais mais rentáveis.
O presidente da Coretup (Cooperativa dos Recicladores de Tupã), Rafael Oliveira, disse que apesar do pequeno aumento no preço do produto, o volume de material depositado ainda é baixo perto do esperado. “Nesse mês, o volume de papelão deu uma pequena baixa. Mas tivemos um aumento de R$ 0,10 no quilo”, afirmou.
Em relação ao comércio, Oliveira disse que, na cooperativa, a demanda por papelão apresentou alta neste mês. “Aumentou a procura para compra de papelão na cooperativa. Os catadores não pararam, mas diminuiram o ritmo. Eles só pegam materiais com valores altos”, afirmou.

Atualmente, o quilo do papelão é pago à razão de R$ 0,20. Vale lembrar que no ano de 2021 o quilo do papelão custava entre R$ 0,60 a R$ 0,80, o que representa uma queda de 70% no quilo do produto.
Com os preços baixos, o material deixou de ser recolhido por muitos catadores autônomos. O que antes era objeto de disputa, hoje está espalhado por muitas ruas da cidade.
Há cerca de dois anos, para muitas empresas, a melhor alternativa era importar o material para fazer embalagem do que consumir o que já estava dentro do País. Agora, com uma mudança de lei, as fábricas começaram a ter estoque de papelão, então a oferta ficou muito grande. Como o papelão é leve, e ocupa um grande espaço, os catadores de reciclagem autônomos deixaram de dar prioridade ao produto, que fica espalhado pela cidade ou acaba sendo destinado de forma indevida a aterros sanitários.
Segundo informações da Empapel (Associação Brasileira de Embalagens em Papel), o preço do papelão está em queda pelo excesso de oferta, que reforçou os estoques das indústrias, reduzindo a compra do material. O mercado, porém, prevê um aumento do preço ao longo de 2024 pela queda gradativa dos estoques, o que já vem acontecendo na Coretup, por exemplo.