Lançado há 20 anos, livro é fonte para pesquisa e leitura sobre a história de Tupã

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(*) Marcus Guilherme Bianchi Yano

02/08/2024 - Há 20 anos, os escritores tupãenses Arlindo Vizelli Montes, Elizabeth Manrique Moreno, Joana Margarida Violini Schellini, Iara Bianchi Nakayama e José Carlos Gutierres lançavam no Museu “Índia Vanuíre” o livro “Tupã: depoimentos de uma cidade”. A ideia de escrever a história da cidade surgiu em 1998 quando a Secretaria Estadual de Cultura de São Paulo instituiu a comissão dos 500 anos do Brasil. A proposta era que cada município do Estado escrevesse sua história e que a coleção faria parte do acervo do Memorial do Imigrante em São Paulo. 
Depois de um longo processo de pesquisa, depoimentos, busca de documentos e informações, finalmente em 2004 Tupã conseguiu a proeza de concluir o projeto. Além do livro, duas obras também surgiram com a criação do documentário, que foi a tela a óleo que retrata o surgimento de Tupã e seu desenvolvimento, atualmente exposta no Paço Municipal, e o trabalho literário, que tinha como proposta a Tupã do futuro, que também foi publicada no livro “Tupã, depoimentos de uma cidade”. Ambas foram escolhidas por meio de um concurso promovido pela Prefeitura de Tupã.
A primeira edição do livro foi publicada em 2004, quando os escritores lançaram a obra no Museu “Índia Vanuíre” em uma noite de autógrafos. Já a segunda edição aconteceu em 2012, na Secretaria de Cultura e Turismo, também com a presença da sociedade tupãense. A primeira reúne fatos, fotos e documentos importantes e curiosos antes, durante e após a fundação da cidade até 2004. Já a segunda continua com a história de Tupã até 2012.
“Tupã, depoimentos de uma cidade”, na sua primeira edição, reúne em uma só obra praticamente toda a história de Tupã, que está contada nas suas 525 páginas e 24 capítulos, onde o leitor viajará no tempo desde a época em que as terras eram habitadas pelos bravos caingangues. Conhecerá como foi a fundação da cidade e seu desenvolvimento até seus 75 anos, quando o livro foi lançado. A segunda edição possibilita ao leitor conhecer a história de Tupã até 2012, quando a cidade tinha 83 anos.
Os abnegados escritores tupãenses empregaram na constituição do livro todo o zelo e esforços para que a obra saísse de acordo com o planejado, ou seja, com todas as informações sobre a história do município por meio dos seus capítulos que proporcionam ao leitor uma ampla visão nos seus aspectos econômicos, religiosos, estruturais, turísticos, entre outros. Durante a produção do livro, os escritores também tiveram a brilhante ideia de inserir nele depoimentos dos descendentes das famílias pioneiras que foram todos entrevistados, resultando em uma obra inédita e original e que as novas e próximas gerações poderão conhecer e contar nas salas de aula, nas conversas em família e nas questões que envolvem a história de Tupã. Para isso, os autores adotaram como critério para definição de famílias pioneiras aquelas que residiam em Tupã até 31 de dezembro de 1938, data da emancipação política de Tupã. 
Os escritores mencionaram no livro que possíveis falhas poderiam ocorrer durante a fase de pesquisa para elaboração da obra, como a menção de nomes, entidades, entre outras informações, e que seriam corrigidas nas próximas edições. A segunda edição foi lançada em 2012, quando foram acrescentados novos fatos da história de Tupã. 
Durante o trabalho de pesquisa, os escritores tiveram o cuidado e empenho em buscar fontes oficiais para contar a história de Tupã. Para isso, foram consultados registros e documentos na Prefeitura da Estância Turística de Tupã, Câmara Municipal de Tupã, Igreja Matriz de São Pedro, Museu Histórico e Pedagógico “Índia Vanuíre”, Solar Luiz de Souza Leão, Fórum de Tupã,  Biblioteca Municipal “Professor Tobias Rodrigues”, Acervo Tropeiro, Oficio de Registro Civil das Pessoas Naturais e de Interdições e Tutelas da Sede da Comarca de Tupã, além de outras entidades, livros e pessoas que estão citadas na obra. 
Hoje, Tupã, certamente, é um dos poucos municípios do Estado de São Paulo que conta com uma obra literária tão abrangente sobre sua história. Nesse sentido, o livro é uma fonte de pesquisa importante para estudantes, professores, historiadores e toda a sociedade. Em abril deste ano, a Câmara Municipal de Tupã aprovou a Lei Nº 5.239, concedendo aos livros “Tupã, depoimentos de uma cidade”, o título de patrimônio cultural imaterial de Tupã.
A subsecretária de Cultura, Thais Fonseca, disse que todo fato histórico contribui na construção de uma pessoa, um lugar, ou neste caso, de uma cidade. “O livro “Tupã, depoimentos de uma cidade” traz de forma linda fatos históricos de Tupã que estavam espalhados em documentos e depoimentos. Temos a honra de possuirmos um livro tão rico e generoso que perpetuará pelas próximas gerações. A cidade e os cidadãos agradecem profundamente o trabalho de pesquisa e carinho de cada detalhe executado pelos autores dessa obra prima tupãense”.
Situada na Avenida Tamoios, 1660, a Biblioteca Municipal de Tupã conta com alguns exemplares do livro e fica aberta de segunda a sexta-feira, das 7 às 17hs. A entrada é gratuita.
Vale lembrar que exemplares do livro foram distribuídos gratuitamente para as escolas, museus e instituições públicas e privadas de Tupã. Durante e após o lançamento das duas edições do livro, muitos livros foram vendidos e os recursos arrecadados foram revertidos para a compra de livros para a Biblioteca Municipal de Tupã.

(*) Marcus Guilherme Bianchi Yano é jornalista

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