POWER POINTS: Deu tudo errado no Oriente Médio !

Política


 
(*) Roberto Musatti 
 
13/12/2024 - Há um ano o Irã dos aiatolás achou que estava tudo correndo conforme programado - uma "corrente de fogo" tinha sido armada e programada para agir em torno de Israel de tal forma que o estado judeu não sobreviveria e o regime xiita teria alcançado seu objetivo maior de liderança do mundo islâmico e então partiria para a dominação não só do Oriente Médio, mas do mundo Ocidental, preenchendo o ditame do Alcorão de subjugar os 'infiéis' que não aceitarem as palavras do profeta.
Israel estava sob ataque do braço terrorista do Irã em Gaza que, de forma brutal e desumana em 7/10, fez um verdadeiro genocídio que custou a vida de 1.200 civis num só dia. No Norte do país, o Hezbolah - o mais poderoso grupo terrorista do mundo sob as ordens da Guarda Revolucionaria do Irã, acumulara cerca de 150 mil misseis - começava a atacar as cidades perto da fronteira, com um plano de repetir na Galileia o 7/10. Através da Síria e do Iraque, o Irã alimentava esses seus dois braços sem teoricamente se envolver e contava com eles para impedir qualquer ação de represália de Israel contra suas instalações ( pacíficas... ) nucleares. Para apertar ainda mais o garrotilho, seu terceiro braço terrorista - os Houties no Iêmen - executaram ações impedindo o livre comércio no Mar Vermelho por onde escoa 30% de todo o petróleo do Oriente Médio, via Canal de Suez, e grande parte dos suprimentos para Israel no porto de Eilat. 
Como diz o folclore...só faltou combinar com os israelenses. Em um ano o Hamás e toda sua liderança (inclusive no exterior) foi quase toda eliminada. A faixa de Gaza e seus extensos túneis subterrâneos foram paulatinamente dinamitados. O órgão da ONU (UNRWA) foi desmascarado com a prisão de vários de seus membros fazendo parte do Hamás e o número de mortos oferecido pelo próprio Hamás para a Al Jazeera - a cópia da CNN do Qatar - faz ruborizar os dados do nosso presidente na rede oficial de notícias. Seus misseis que chegavam a 200 por dia e que entravam pelo Corredor Philadélfia na fronteira com o Egito, via propinas milionárias (eliminados quando Israel tomou Refiah),  cessaram com a destruição das rampas de lançamento e o fim do contrabando egípcio.
Após meses de paciência com toda a população do Norte do país refugiada em hotéis no centro do país, Israel começou a lidar com o Hezbolah: primeiro foram os líderes mortos até no Irã, depois o magistral ataque dos obsoletos walkie tokies e tablets no Líbano, pondo fora de ação mais de três mil membros do Hezbolah. A força aérea atacou os depósitos de mísseis, as rampas de lançamento dos mísseis e os oficiais de comando dessa área assim como os reforços que vinham da Síria e Iraque. 
O Irã, a cabeça da serpente após sucessivos disparos de mísseis de longo alcance cuja maior parte foi interceptado por Israel e aliados, recebeu a visita da Força Aérea de Israel por duas vezes. Na primeira, todo o sistema antiaéreo russo que protegia as instalações nucleares foi eliminado pelos caças invisíveis de Israel (F35). Na segunda, uma instalação chave ilegal e não declarada do processo nuclear iraniano foi reduzida a pó, atrasando a bomba nuclear islâmica.  
Aproveitando as dificuldades da Rússia na Ucrânia e o isolamento do Hezbolah no Líbano, membros da Al Qaeda na Síria tomaram o poder, expulsaram o ditador Basher Assad e puseram o Hezbolah  em retirada para o Líbano - o Irã perde sua linha de suprimentos para seus grupos terroristas.. Podemos esperar uma mudança de governo no próprio Irã, pondo fim à ditadura xiita dos aiatolahs?
Israel se aproveitou desse vácuo de poder na Síria e tomou ações defensivas: 1. O  Monte Hermon com seus 2.820 metros na fronteira com Israel foi ocupado antes que caísse nas mãos desse grupo da Al Qaeda. Permite que toda a Galileia esteja protegida com o campo de ação de radares atingindo boa parte do Líbano e Síria, podendo detectar o lançamento de mísseis bem antes do que hoje. 2. Bombardeou todos os arsenais de armas químicas do exército sírio e 3.Destruiu toda a aviação síria em terra - aviões, helicópteros e drones e boa parte da marinha síria, laboratórios de armas e armazéns de mísseis antiaéreos. 
Os motivos são simples. O grupo terrorista que assumiu o governo sírio é uma facção sunita da Al Qaeda. Seu ódio aos xiitas é superior somente ao seu objetivo de conquistar Jerusalém, destruindo Israel. Seu chefe é procurado pelos EUA com uma recompensa de milhões de dólares e saiu das tropas do ISIS quando estes foram dizimados. Sua vertente é igual à dos talibãs do Afeganistão - burkas e shaaria. O mundo não necessita de outro grupo terrorista medieval na fronteira com Israel. O que os russos irão fazer para manter suas bases na Síria: a grande base naval em Tartus de submarinos e acesso ao Mediterrâneo e à base aérea de Khmeimim ao lado da cidade de Latakia. Irão perder essas bases estratégicas e todo o investimento de anos? 
Israel não só resistiu a essa "corrente de fogo" como deixou o Irã em maus lençóis agora, com a posse de Trump. Mas essa resiliência custou caro: já são mais de 850 soldados mortos nesses conflitos, além dos 1.200 civis. A economia está resistindo como pode, mas é complicado com boa parte da população participando das forças armadas e o alto custo de proteger os civis como o Domo de Ferro.
Parece que as apostas de Celso Amorim e do presidente do Irã e seus grupos terroristas estão deixando o Brasil a cada dia mais isolado...
 
(*) Roberto Musatti, economista (FEA-USP) , 
mestre em marketing (Michigan State University),
doutor em marketing (California International Business University - San Diego)

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