Palmeiras terá segurança maior no Paraguai, e Leila Pereira não teme reação da Conmebol: “Tenho cora

Esportes


28/03/2025 - O Palmeiras levará uma equipe maior de segurança ao Paraguai, onde enfrentará o Cerro Porteño, dia 7 de maio, pela Taça Libertadores da América. A decisão se dá pelo clima mais acirrado, depois de torcedores da equipe paraguaia praticarem atos racistas contra Luighi, do Sub-20 do Verdão. 
“Vamos levar mais segurança, ficou muito falado, parece que é um problema do Palmeiras contra o Cerro e não é. É uma luta contra o racismo. Fico muito preocupada, mas isto nos faz tomar precauções. Vamos levar segurança, sim, mas acho que a Conmebol vai tentar pelo menos que seja um jogo que as coisas sejam resolvidas dentro de campo, sem maiores problemas para não prejudicar o espetáculo”, declarou, após a reeleição de Ednaldo Rodrigues a presidente da CBF.
Desde então, o clube brasileiro subiu o tom pedindo punições mais enérgicas e já demonstrou o descontentamento com a entidade que organiza o futebol sul-americano. Leila Pereira declarou não temer uma possível retaliação da Conmebol por isso.
“O que não falta à presidente do Palmeiras é coragem. Se fui eleita presidente deste clube gigante foi para representar, lutar pelo clube e por nossos milhões de torcedores e atletas. Jamais poderia chegar no meu clube, olhar meus atletas depois do que ocorreu no Paraguai e não fazer absolutamente nada. Jamais isto vai acontecer. Porque a presidente do Palmeiras tem coragem”, respondeu.
“Não tenho medo de que o clube seja prejudicado, porque tenho certeza que não vai acontecer. Estamos lutando pelo certo. É inadmissível algum clube ser contra o combate ao racismo. É inadmissível alguém ver o que eu vi, o sofrimento do meu atleta e não ficar sensibilizado. Nós, como dirigentes, formadores de opinião, não nos manifestarmos é um absurdo”, reforçou.
“Não tenho nada contra a Conmebol, tenho contra as atitudes da Conmebol contra o racismo. Não foi a primeira vez que isto aconteceu do Palmeiras contra o Cerro Porteño. É a terceira vez. O que pedimos é que as penas sejam mais pesadas”, completou.
Entre as declarações para cobrar um posicionamento mais duro contra o racismo, Leila Pereira levantou a possibilidade de as equipes brasileiras deixarem a Conmebol e se juntarem à Concacaf.
Leila Pereira, presidente do Palmeiras, diz ser a favor do fair play financeiro no Brasil.
Isto gerou um novo desgaste, depois de Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, dizer que a Taça Libertadores da América sem times brasileiros seria como “Tarzan sem Chita’. Leila Pereira chegou a dizer que “nem Inteligência Artificial seria capaz de produzir uma declaração tão desastrosa”.
“A presidente sempre vai se posicionar de forma firme pelo que é certo. A luta é muito maior do que um título, não tenham dúvida disso”, prosseguiu.
O Palmeiras inicia sua campanha na Libertadores no dia 3 de abril, quando visitará o Sporting Cristal, no Peru. Antes de ir ao Paraguai, receberá o Cerro Porteño, dia 9 de abril. Leila Pereira promete ações para coibir atos racistas.
“Vamos jogar contra eles aqui no Brasil, não vamos ser hipócritas, existe crime de racismo, mas aqui punimos. Se acontecer no nosso estádio, serão punidos, sim. Com muita seriedade, de forma muito dura. Só assim a gente consegue coibir o crime”, concluiu.

Ontem à noite, na Neo Química Arena, o Palmeiras disputou a final do Paulistão 2025 contra o Corinthians. Agora o Verdão vai se preparar para pegar o Botafogo, domingo, às 16 horas, na Arena Allianz Parque. O jogo é válido pela primeira rodada do Brasileirão 2025.

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