Agricultores já preparam o solo para a próxima safra

Economia


30/08/2024 - Com perspectiva de redução na área plantada, espe-cialmente no caso do amendoim, considerando as previsões nada positivas sobre a regularidade na ocorrência de chuvas, alguns produtores já estão com suas áreas preparadas para o plantio.
No caso do amendoim, o pessimismo se justifica porque a produção tem sido afetada nos últimos anos, especialmente na última safra, por causa da forte estiagem, que levou a uma quebra de 40% em média. Alguns plantadores praticamente não colheram nada, amargando enormes prejuízos.
Mesmo assim, a maior parte dos produtores está reunindo os recursos que sobraram para preparar o solo e esperar a época do plantio, que no caso do amendoim, na última safra sofreu atrasos, na expectativa da chegada das chuvas.
A mandioca também oferece alguma perspectiva, mas os preços não estão ajudando. Com isso, muitos estão ficando sem opção, já que migrar para outras culturas pode ser arriscado, especialmente no atual momento.
Além de não haver previsão de chuvas para o início de setembro, o produtor vai enfrentar ainda altas temperaturas, que poderão chegar até os 38 graus centígrados. Isso porque ainda estamos no Inverno. Não dá para prever ainda a situação quando o Verão chegar.

Mudanças
Não dá para negar que o ano de 2024 está sendo marcado por mudanças climáticas severas em várias regiões do planeta. Desde chuvas fora de época, tremores mais violentos, calor muito mais forte e duradouro, ressacas mais intensas, períodos de seca intermináveis e tornados e furacões se formando em locais que nunca apareceram. Na realidade, o planeta está sendo castigado pelo aquecimento global. E, acredite, ainda há pessoas dizendo que não está acontecendo nada de anormal. 
O aquecimento das águas do Atlântico Norte está influenciando diretamente os padrões meteorológicos no Brasil, aumentando a seca na Amazônia, por exemplo, e trazendo temporais devastadores, como aconteceu no Rio Grande do Sul.
Cientistas de várias universidades e institutos e organizações mundiais ligadas às notícias e estudos sobre o clima, como o Climate Central, apontam que a temperatura cada vez maior do Atlântico está jogando lenha na fogueira na formação de sistemas climáticos extremos e complexos, com eventos severos e letais, tais como a formação de furacões com alto poder de destruição.
Com os dados apontando para um La Niña mais intenso a partir de setembro, a tendência é a de que os períodos de seca também no Sudeste sejam maiores, e as ondas de calor extremo mais frequentes, o que já deve ocorrer no Verão de 2025.
José Marengo, climatologista, diz que a próxima Primavera e, ainda, o Verão, serão de tempo mais seco no Brasil, com calor forte predominante e que exigirá adaptações de diversos setores, como a agricultura.

As tempestades também serão mais fortes, com ventos cada vez mais intensos, altos volumes de chuva, inundações e riscos reais.

O futuro climático do planeta exige medidas responsáveis rápidas e a conscientização de todos.

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