Eleições 2024: De tornozeleira, Klio Hirano é candidata a vereadora

Política


26/08/2024 - A ativista tupãense Klio Hirano foi presa no dia 28 de dezembro de 2022, em Brasília, durante a Operação Nero, acusada de atos de vandalismo na capital federal. Sua prisão aconteceu quando ela e o marido, Rodrigo, se deslocavam pela capital federal.
Clio postava em suas redes sociais vídeos e fotos no acampamento golpista de bolsonaristas em frente ao Quartel General do Exército, no Setor Militar Urbano (SMU). Sua imagem de perfil é uma foto ao lado de Bolsonaro. Ela é acusada por suposto envolvimento na noite de terror promovida por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) no dia 12 de dezembro de 2022 em Brasília, que terminou com ataques no prédio da PF e carros incendiados no meio da rua.
Klio é filha do conhecido empresário Eizi Hirano e tem histórico golpista. Ela participou do acampamento em São Paulo, na Avenida Paulista, que pedia um golpe contra a então presidente Dilma Rousseff (PT). A bolsonarista é também uma das embaixadoras do movimento conservador Avança Brasil.
Agora, Klio Hirano é candidata a vereadora em Tupã, onde muita gente aposta que poderá ser eleita pela projeção que teve no episódio. O problema é que ela usa tornozeleira, o que pode dificultar suas andanças pelos bairros da cidade, para pedir votos.
Em 2020, Klio foi candidata a prefeita de Tupã, pelo PRTB. Nessa tentativa, ela perdeu as eleições e ficou em último lugar com apenas 346 votos.

Perfil
Em seu perfil no site do TSE, Klio Damião Hirano, de 42 anos, declara-se casada, com nível superior completo, tendo como profissão jornalista e redatora. Ela lançou sua candidatura de forma isolada, pelo PRD e tem limite de gastos de R$ 113.426,94.

Presos de 8 
de janeiro

Dezenas de candidatos presos no dia 8 de janeiro lançaram-se candidatos a prefeito,vice e vereador. Todos fazem campanha com uma tornozeleira eletrônica presa ao corpo. Mesmo com as restrições, vão concorrer.
Um levantamento aponta que ao menos 48 dos 1.406 presos por envolvimento em atos de terrorismo e na destruição de prédios públicos no 8 de janeiro, vão concorrer nas eleições municipais de 2024. Eles fazem parte do grupo que foi detido em Brasília após os ataques ao Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF (Supremo Tribunal Federal).

Serão 2 candidatos a prefeito, 1 a vice-prefeito e 45 postulantes às câmaras municipais espalhados por 44 cidades brasileiras. Dentre eles, 14 adotaram o adjetivo “patriota”, como é o caso de Clio Hirano, em seus nomes de urnas ao se registrarem na Justiça Eleitoral. Um deles foi mais direto e se apresentou como “patriota preso”.

Entre os candidatos, 16 vão concorrer pelo PL de Bolsonaro. Os demais estão espalhados em partidos de direita como Republicanos, PP e Novo, nanicos como o DC, PMB e Mobiliza e até mesmo legendas da base do governo Lula (PT), caso do União Brasil e do MDB.
Os candidatos que enfrentam as urnas ainda não foram julgados nem condenados pelo STF, corte que concentra os casos ligados ao 8 de janeiro. Por isso, não têm restrições para disputar as eleições.
Mas, caso os eleitos sejam futuramente condenados, a perda do mandato também não será automática. No caso dos vereadores, por exemplo, a Constituição prevê que a decisão passe pelo poder Legislativo.
Diferente da Lei da Ficha Limpa - que torna inelegíveis candidatos condenados por crimes contra a administração pública já em segunda instância —, os presos no 8 de janeiro só perderão os direitos políticos após trânsito em julgado, ou seja, quando a sentença for definitiva e sem direito a recurso.
Com nove candidaturas, São Paulo é o Estado que terá mais candidatos entre os presos do 8 de janeiro.

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