Mandioca: Falta de chuvas dificulta o avanço da colheita da raiz

Economia


17/06/2024 - A falta de chuvas na maior parte das regiões produtoras de mandioca continua dificultando as atividades de colheita. Esse cenário, somado ao baixo interesse de produtores pela comercialização, resultou em diminuição na oferta de matéria-prima às indústrias, impulsionando os preços após seguidas semanas em queda. 
O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – Esalq USP) explicou que, apesar do clima seco, áreas do Oeste do Estado de São Paulo seguem com a colheita. “Porém, com a menor produtividade das lavouras de 1º ciclo – que já representam mais de 80% do total – e os atuais preços, parte dos mandiocultores tem postergado a comercialização”, afirmou. 

A média regional teve queda de 0,4% para R$ 425,82 a tonelada da mandioca.
De acordo com as estimativas do Cepea, no Estado de São Paulo a quantidade produzida deve cair 13%, para 1,34 milhão de toneladas. “Muitos produtores sinalizam diminuir as áreas a serem ocupadas com mandioca em razão dos ainda elevados custos de produção, da menor oferta de crédito e endividamento em alguns casos”, disse. “Agentes do mercado apontam que tem sido baixa a procura por áreas, manivas e pacotes de plantio (fertilizantes e corretivos de solo)”, acrescentou. 

Fécula

No Oeste paulista, a procura apresentou quedas no fim do mês de maio, assim como o escoamento, em razão dos baixos estoques e da menor produção. “Os poucos efetivos se destinaram ao atacado e à indústria de panificação”, afirmou. 
A média regional apresentou alta de 0,5%, para R$ 2.527,15 a tonelada ou R$ 63,18 por saca de 25 quilos. Agentes do setor apontam que a oferta de fécula no mercado deve diminuir nos próximos meses, em razão da menor disponibilidade de matéria-prima e de novas quedas no rendimento industrial, que vem se acentuando nos últimos períodos. “Este quadro poderá se dar em um momento de necessidade de reposição de estoques em parte dos segmentos consumidores, o que tende a impulsionar as cotações”, afirmou. 

Farinha

O Cepea afirmou que ainda há forte procura pelas farinhas de todas as regiões produtoras, ao mesmo tempo em que a menor oferta de matéria-prima, resultante do clima seco, tem limitado a produção do derivado no Estado de São Paulo. “A maior parte da farinha comercializada pela indústria paulista destinou-se aos empacotadores locais e também para outras farinheiras, embora ainda tenha havido volumes destinados ao atacado de Minas Gerais e Rio de Janeiro”, afirmou. A saca de 50 quilos da farinha de mandioca seca fina-branca tipo 1 foi negociada no final do mês de maio valor médio nominal a prazo de R$ 124,54, o que representou uma alta semanal de 0,24%.

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